Semeando Boas Novas

  Pr. Nonato Souza. “Ele já mostrou a você o que é bom; e o que o Senhor pede de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia, e ande humildemente com o seu Deus” (Mq 6.8) Em uma sociedade cada vez mais marcada pela injustiça, desigualdade e hipocrisia, a Palavra de Deus ecoa com força, trazendo clareza sobre o que realmente é importante diante do Senhor. O versículo de Miquéias 6.8 resume, de forma direta e poderosa, a essência da vida que agrada a Deus: praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Ele. Este chamado vai além de práticas religiosas formais ou rituais exteriores. Diz respeito à essência do relacionamento do homem com Deus e com o próximo. A justiça, nesse contexto, não é apenas uma questão de legalidade humana, mas um reflexo do próprio caráter divino. Deus não apenas possui justiça como um de seus atributos, mas a exerce de maneira ativa e contínua em seu relacionamento com a criação e especialmente com o seu povo. A clareza das palavra...

 Por Nonato Souza. “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueça de nenhum de seus benefícios. É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades; que redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia” (Sl 103.1-4). As palavras de Davi no Salmo 103.1-4 ressoam através dos séculos como um poderoso cântico de gratidão pelos benefícios divinos. Entre os favores ali mencionados — perdão, cura, redenção e coroação de benignidade e misericórdia — destaca-se a salvação como a bênção suprema, o fundamento sobre o qual todas as outras se sustentam. A gratidão por essa dádiva inestimável permeia tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, revelando a profundidade do amor de Deus e a resposta apropriada do coração humano diante de tão grande obra redentora. Neste estudo, refletiremos sobre como a salvação se apresenta como o maior benefício da graça divin...

 Por Nonato Souza. “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Fp 4.11-13) Vivemos em uma geração marcada pela inquietação e pela insatisfação. A cultura moderna valoriza o “ter sempre mais” e impõe um ritmo acelerado de consumo e comparação. Em meio a esse cenário, o contentamento tornou-se uma virtude rara e muitas vezes mal compreendida. Contudo, as Escrituras nos oferecem uma resposta contracultural poderosa: a verdadeira gratidão e o contentamento nascem não da abundância de bens, mas da suficiência de Cristo. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Filipenses, nos oferece uma das mais profundas reflexões sobre esse tema, revelando que, mesmo em meio à prisão e às adversidades, é possível viver plename...

Pr. Nonato Souza “Por causa disso, concentrando todos os seus esforços, acrescentem à fé que vocês têm a virtude; à virtude, o conhecimento; ao conhecimento, o domínio próprio; ao domínio próprio, a perseverança; à perseverança, a piedade; à piedade, a fraternidade; à fraternidade, o amor” (2Pe 1,5-7). No texto acima, Pedro lista sete virtudes interligada, formando uma escada de progressão espiritual. Ele cita: Fé > Virtude > Conhecimento > Domínio próprio > Perseverança > Piedade > Fraternidade > Amor. Cada degrau das virtudes citadas exige disciplina (gr. spoudē), com o sentido de empenho diligente. O crescimento espiritual não é automático; é o resultado de uma vida disciplinada em obediência a Deus. Na lista citada por Pedro, vamos escolher “perseverança”, uma virtude essencial à vida cristã. Neste assunto, não é pouca a quantidade de crentes que têm dificuldades em perseverar firme na fé. Eles oscilam com facilidade e acabam tomando decisões que num breve espa...

 Por Nonato Souza. “Escolhei, pois irmãos, dentre vós sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” (At 6.3). “Boa reputação” do grego martyreo que traz o sentido de “proferir testemunho honroso”. Mathew HENRY (2010, p. 61) em seu Comentário Bíblico do Novo Testamento nos diz que “homens de boa reputação eram livres de escândalo, considerados pelos vizinhos como homens íntegros e féis, de bom testemunho, em quem se pode confiar, sem a marca de vícios e maus hábitos, mas ao contrário, reputados por tudo que seja virtuoso e louvável, martyoumonous – homens que produzam bons testemunhos em seu convívio social.”   Paulo fala aos que expõem a Palavra que tenha testemunho cristão autêntico. Ele diz: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” (1Co 4.1,2). Paulo também se preocupava com ...

Pr. Nonato Souza “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10 ). A humildade e a dependência de Deus são virtudes centrais no ensino bíblico, e fundamentais para a vida cristã. O ensino bíblico deixa claro que o caminho para a verdadeira sabedoria, força e exaltação começa com um coração humilde e uma total dependência de Deus. Quando nos humilhamos perante o Senhor, estamos admitindo nossa dependência dele. As palavras de Tiago é um convite a nos humilharmos perante o Senhor com a promessa de que por ele seremos exaltados. O verbo “humilhai-vos” no original grego é tapeinoo , e significa rebaixar-se ou submeter-se voluntariamente, mostrando uma postura de rendição total. Isso implica consideração de nossas bases e confiança no poder e sabedoria de Deus. A palavras do apóstolo Pedro faz eco a esse ensinamento quando diz: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte” (1Pe 5.6). Pedro enfatiza que essa atitude de submissão reflete...

Por Nonato Souza.   “E será que, se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus” (Dt 28.1,2). O texto acima nos apresenta uma importante conexão entre obediência e bençãos. Deus promete, através de Moisés, que a obediência fiel aos seus mandamentos traria bençãos sobre o povo de Israel. Este princípio continua sendo aplicável à vida cristã, demonstrando que o caminho para experimentar a plenitude das bênçãos de Deus está ligado à nossa disposição de ouvir e seguir a sua vontade. Obedecer a Deus é o caminho para experimentar as bênçãos divinas. O povo de Israel foi abençoado quando andou nos caminhos do Senhor Deus e seguiu os seus mandamentos (Dt 28.1,2). Este mesmo princípio se aplica aos cristãos. Jesus enfatizou que aqueles que ouvem e obedecem à sua Palavra ...

 Por Nonato Souza “A pessoa honesta anda em paz e segurança, mas a desonesta será desmascarada” (Pv 10.9). O texto citado destaca a recompensa da honestidade e as consequências da desonestidade. A honestidade é de um valor imenso e traz bênçãos e proteção de Deus, enquanto a desonestidade leva à ruína e ao desmascaramento. A bíblia nos ensina que a honestidade é acompanhada pela proteção e direção de Deus. Está escrito; “Ele dá ajuda e proteção a quem é direito e honesto . Deus protege os que tratam os outros com justiça e guarda os que lhe obedecem” (Pv 2.7,8, NTLH). Isso significa dizer que os que vivem de forma íntegra e honesta são protegidos por Deus. A honestidade não apenas protege a reputação, mas também é uma defesa espiritual que nos guarda contra as armadilhas da desonestidade e do pecado. As palavras do salmista corroboram com o assunto, quando diz: “Que a minha honestidade e sinceridade me protejam” (Sl 25.21, NAA). A expressão do salmista enfatiza que o viver honesto ...