Deus Vê TUDO: A Justiça Divina em Ação para o Ímpio e o Justo!


Por Pr. Nonato Souza.

"Não se indignem por causa dos malfeitores, nem tenham inveja dos que praticam a iniquidade. Pois eles em breve murcharão como a relva e secarão como a erva verde." (Sl 37.1-2)

Amados irmãos e irmãs em Cristo,

Olhem ao seu redor. Parece que a maldade está prosperando, não é? Notícias de corrupção, injustiça social e violência enchem nossos noticiários e, por vezes, até mesmo nossos próprios círculos. Vemos pessoas que vivem sem compromisso com Deus aparentemente "se dando bem", enquanto os justos enfrentam lutas e provações. É compreensível que, em momentos assim, nossos corações se inclinem à indignação, à revolta e até mesmo à inveja. Mas a Palavra de Deus nos chama a uma perspectiva mais elevada, a enxergar além do que os olhos naturais veem e a ancorar nossa fé no justo e soberano juízo do Senhor.

O Salmo 37, um bálsamo para a alma ansiosa, não é apenas um poema antigo; é uma bússola profética que nos revela a verdade incontestável: há um contraste vívido e eterno entre o destino dos ímpios e o cuidado inabalável de Deus para com os justos. Em um mundo onde o engano se prolifera e a moralidade se dissolve, especialmente na "última hora" que vivemos, precisamos fixar nossos olhos no Deus que vê tudo, age em justiça e guarda Seus eleitos para a glória.

Vamos descobrir juntos as cinco verdades transformadoras que nos farão descansar na certeza de que Deus está no controle:

1. O fim da "prosperidade" ímpia: Um brilho fugaz que desaparece!

"Não se indignem por causa dos malfeitores... Pois eles em breve murcharão como a relva e secarão como a erva verde." (Sl 37.1-2)

É fácil cair na armadilha de olhar para a aparente impunidade e o "sucesso" temporário dos ímpios. Vemos a ousadia da mentira, a desfaçatez da injustiça e a ostentação do pecado, e uma pergunta martela em nossa mente: "Até quando, Senhor?" Mas o salmista Davi, com a sabedoria divina, nos exorta: "não se indignem!" Não se deixem consumir pela revolta, pela raiva que mina sua fé.

A prosperidade dos maus é uma ilusão, como uma bolha de sabão que brilha intensamente por um instante, mas logo estoura sem deixar vestígios. É como a grama recém-cortada: verde e vibrante por um momento, mas destinada a secar rapidamente sob o sol. O Salmo 73.17 ecoa essa verdade com clareza cristalina: "Até que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles." É na presença de Deus, sob Sua luz reveladora, que a verdade se manifesta: a glória do ímpio é momentânea, superficial e, acima de tudo, vazia.

Não se engane, amado(a)! Não troque a eternidade pela ilusão de um prazer instantâneo. O Senhor está atento, cada injustiça é registrada nos céus, e o dia do justo juízo virá. Para nós, que cremos no Arrebatamento, esse dia de ajuste de contas para o mundo e para os ímpios está mais próximo do que imaginamos. A Tribulação que virá revelará a verdadeira face da maldade e trará o juízo final sobre os que rejeitaram a Cristo.

2. A herança inabalável do justo: Um lugar separado por Deus!

"Os que esperam no Senhor herdarão a terra." (Sl 37.9)

Em contraste com a efemeridade do ímpio, a promessa de Deus para os justos é clara, sólida e eterna: "Os fiéis herdarão a terra." Mas o que significa "esperar no Senhor"? Não é uma passividade resignada, mas uma fé ativa, perseverante e uma confiança inabalável mesmo em meio ao que parece ser o silêncio divino. É permanecer firme, crendo que Suas promessas se cumprirão no tempo perfeito dele.

Jesus Cristo, o nosso Senhor, confirmou essa verdade no Sermão da Montanha, a Carta Magna do Reino: "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra" (Mt 5.5). Essa "terra" não é apenas um pedaço de chão, mas a plenitude das bênçãos do Reino de Deus, que se manifestará em sua consumação literal e gloriosa quando Cristo retornar para reinar no Milênio, restaurando todas as coisas. Para nós, que compreendemos as dispensações, essa promessa tem um peso ainda maior! Enquanto os judeus herdarão a terra de Israel na plenitude das promessas abraâmicas, a Igreja, em sua glorificação, reinará com Cristo sobre essa terra (Ap 5.10; 20.4).

Então, não vacile na fé! O que Deus te prometeu já está preservado nos céus, incorruptível e inabalável (1Pe 1.4). Confie, caminhe em fidelidade e persista, pois sua recompensa é certa e seu lugar no Reino vindouro está garantido pela graça e poder de Deus!

3. A visão íntima de Deus: Ele conhece cada passo da sua integridade!

"O Senhor conhece os dias dos íntegros..." (Sl 37.18a)

Ah, que verdade confortadora para a alma! O verbo hebraico yāḏaʿ, traduzido como "conhece", não significa apenas ter informação. Ele revela uma observação pessoal, íntima, contínua e um relacionamento profundo. Deus não está apenas ciente de sua vida; Ele acompanha de perto, com carinho e atenção, cada passo, cada luta, cada ato de obediência do justo. Ele vê o que ninguém mais vê!

Pense naqueles momentos em que você se sentiu sozinho, incompreendido, ou quando sua fidelidade a Deus passou despercebida pelos homens. Em seu local de trabalho, em sua família, na comunidade, ou mesmo dentro da igreja, onde os holofotes parecem brilhar sobre outros. O Salmo 1.6 reafirma: "Porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá." Ele não apenas "conhece" no sentido de saber; Ele aprova, guarda e zela pelo caminho dos justos.

Sua fidelidade nunca passa despercebida aos olhos do Pai! Deus vê sua integridade, sua perseverança na oração, seu serviço abnegado, suas lágrimas derramadas em segredo. Ele vê cada renúncia, cada "não" ao pecado, cada "sim" à Sua vontade. Não busque o reconhecimento humano, mas a aprovação daquele que te conhece intimamente e derramou Seu Espírito Santo em você para te capacitar em toda a verdade e justiça.

4. A herança permanente: Não negocie o eterno por migalhas!

"...a herança deles permanecerá para sempre." (Sl 37.18b)

Esta é a linha divisória crucial entre o ímpio e o justo! Enquanto os ímpios se esforçam e lutam por glórias passageiras, por riquezas que a traça e a ferrugem consomem, e por honrarias que se desvanecem com o tempo, os justos aguardam uma herança que é eterna, inabalável e gloriosa.

Pedro, em sua primeira epístola, nos lembra dessa promessa com uma linguagem de esperança que ressoa com a nossa expectativa dispensacionalista: "...para uma herança incorruptível, incontaminável e que não pode murchar, guardada nos céus para vocês" (1Pe 1.4). Essa herança está segura, reservada para nós no céu, aguardando o momento do Arrebatamento, quando seremos transformados e a receberemos em plenitude. Não é algo que se degrada, que se perde ou que pode ser roubado.

Então, aqui está o desafio: Não negocie os valores eternos por migalhas momentâneas de prazer, poder ou reconhecimento mundano! Não troque a herança incorruptível por uma carreira desonesta, um relacionamento pecaminoso ou um ganho ilícito. A "glória" do mundo é pó, é fumaça. Aquilo que vem de Deus, que é preparado por Ele para os Seus, dura para sempre!

5. Deus sustenta na crise: Ele te fartará no deserto!

"Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão." (Sl 37.19)

Em um mundo onde crises financeiras, pandemias, instabilidade social e escassez são uma realidade, muitos temem o futuro. Mas o Salmo 37 nos traz uma promessa poderosa: Deus não nos prometeu a ausência de crises, mas Sua presença garantida no meio delas! Os justos podem confiar que, mesmo nos dias maus, mesmo em tempos de fome espiritual ou material, o Senhor proverá abundantemente.

O Salmo 34.10 testifica: "...aos que buscam ao Senhor bem nenhum faltará." Ele é o provedor, o maná no deserto, a água da rocha. Em meio à escassez, Ele tem a capacidade de nos fartar. Não se desespere com as notícias alarmantes ou com as dificuldades do presente. O Deus que te chamou, que te salvou pela graça e que te deu o Espírito Santo, é fiel para te sustentar. Ele te fartará, mesmo nos desertos mais áridos da vida, porque Sua fidelidade é infinita e Suas provisões, inesgotáveis.

Conclusão: ancorados em Deus, florescendo na eternidade

O Salmo 37 não é apenas um texto poético; é uma bússola espiritual inerrante para os dias turbulentos que vivemos, especialmente quando a vinda de Jesus Cristo está às portas e a consumação de todas as coisas se aproxima. O mundo pode parecer invertido, a justiça humana falha, mas Deus continua sendo justo, soberano e vigilantemente atento a cada detalhe.

  • A vitória dos ímpios é breve e vã.
  • A herança dos justos é eterna e gloriosa.

Enquanto o mundo se agita em sua própria confusão e busca por prazeres efêmeros, o justo, que confia no Senhor, descansa em Sua paz inabalável. Enquanto o ímpio avança sem raízes profundas, destinado a murchar, o justo, arraigado em Cristo, floresce com propósito divino, aguardando o glorioso dia de Sua redenção e o Reino milenar.

Permita que essa verdade ancore sua alma. Que seu coração não se indigne, mas transborde de confiança no Senhor. Ele vê o ímpio em sua brevidade e guarda o justo para a eternidade.

Oração Final:

Pai celestial,

Ajuda-me a não me indignar com o aparente sucesso dos ímpios. Abre meus olhos espirituais para confiar em Ti incondicionalmente, ainda que tudo à minha volta pareça desordenado e injusto. Sustenta-me com Tua fidelidade e faz-me descansar nas Tuas promessas eternas, pois sei que Tu és o Deus que vê tudo, o Justo Juiz e o Fiel Guardião. Que minha vida reflita Tua santidade e minha esperança seja sempre no Teu glorioso retorno. Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor e Salvador. Amém!

 

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