Uma consciência escravizada às obras mortas.


Pr. Nonato Souza

 

“Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9.13,14, NAA).

 

O texto acima trata do poder do sangue de Jesus para purificar a nossa consciência das obras mortas, permitindo-nos servir ao Deus vivo. Quando olhamos para o Antigo Testamento, vemos que a purificação dos pecados foi realizada através de experiências de animais, cujo sangue foi derramado como oferenda a Deus. Esses sacrifícios eram um símbolo temporário da redenção e da busca pela reconciliação com Deus. No entanto, eles não eram capazes de fornecer uma purificação completa e duradoura.

Jesus Cristo, então, é apresentado como nosso sacrifício perfeito. Ele se ofereceu como o Cordeiro de Deus, derramando seu próprio sangue na cruz. O sangue de Jesus possui um poder incomparável pra purificar os nossos pecados, trazendo reconciliação plena com Deus.

A clareza do texto acima revela maior eficácia no sangue de Cristo. O sangue dos animais só podia fazer a limpeza exterior enquanto que o sangue de Jesus está capacitado para purificar a nossa consciência. Sim, só o sangue de Jesus é capaz de purificar a nossa consciência das obras de pecado, para servirmos ao Deus vivo, sem nenhuma culpa.

O teólogo ARRINGTON (2003, p. 1593), explica que “obras mortas geralmente tem uma conotação religiosa e se referem a atos relacionados à justiça da lei ou a ações realizadas a fim de alcançar algum mérito na presença de Deus”.  Nesse sentido o escritor aos Hebreus está se referindo a atos que não tem poder para trazer salvação. Essas “obras mortas” podem incluir tudo que afasta o homem de Deus, como a idolatria, desobediência, injustiça, egoísmo. Essas ações pesam em nossa consciência, gerando culpa e separação de Deus.

No texto acima mencionado temos a indicação de atos pecaminosos que contaminam a consciência a ponto de levar à morte espiritual. Então, há necessidade de expiação dos pecados pelo sangue de Jesus Cristo. Só o sangue de Jesus é capaz de purificar nossa consciência das obras mortas. Ao recebermos o perdão através da fé em cristo e do seu sacrifício expiatório, somos libertos da culpa e do pecado. Isso resulta em uma consciência limpa, renovada e restaurada, capaz de se relacionar com Deus de forma íntima e servir a Ele.

Ao afirmar que essa purificação nos capacita a “servir ao Deus vivo”, o texto está dizendo que, ao sermos perdoados e purificados, somos chamados a viver uma nova vida em comunhão com Deus. Não somos mais escravos do pecado, mas somos capacitados pelo Espírito Santo a viver em obediência, santidade e amor, honrando a Deus em nosso viver.

Assim, o poder do sangue de Jesus para purifica a nossa consciência de obras mortas é uma ação glorioso da graça divina, proporcionando a reconciliação e a restauração da nossa comunhão com Deus. É uma manifestação do amor de Deus que nos permite ser transformados e capacitados a glorificar a Deus e servir ao seu propósito eterno.

 

Deus seja com o teu espírito. 

A vinda do Senhor Jesus é iminente!

 

Nota Bibliográfica: 

ARRINGTON, French L. Comentário Bíblico Pentecostal, Novo Testamento, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2003. 

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