O amor sofre, crê, espera e suporta


Por Nonato Souza

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, isso de nada me adiantará. O amor é paciente e bondoso. O amor não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se  alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Co 13.1-7, NAA).

Sabe-se que o amor é o distintivo do cristão. Nas palavras do Senhor Jesus observa-se o seguinte: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Essa expressão do Senhor Jesus, mostra que é impossível sustentar a condição de discípulo de Cristo sem a evidência do verdadeiro amor. Muitos poetas e pensadores têm feito grande esforço para exprimir o significado do amor. Felizmente, o amor é mais que um sentimento; é a manifestação do próprio Deus movido no ser humano sob a influência do Espírito Santo.

O amor não consiste em palavras, mas em demonstrações palpáveis e efeitos permanentes. O texto de João 3.16, considerado o texto áureo da Bíblia Sagrada, afirma que “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho...”. Vê-se no texto que o amor foi demonstrado pela ação de dar.

O amor provindo de Deus não pode ser confundido com o sentimento humano que conduz à luxúria e à soberba. Quando o amor atua profusamente na vida de alguém, este se coloca sob o domínio de Deus, e todas as suas obras passam a ser realizadas em Deus com amor. É isto que diz Paulo em sua carta aos Coríntios “Façam todas as coisas com amor” (1Co 16.14).
O sacrifício altruísta de Jesus, sua disposição de dar tudo sem qualquer garantia de resposta humana, tinha de ser expresso com uma palavra mais forte, então o termo ágape, uma rara palavra para “amor” existente antes do expressivo ministério do apóstolo Paulo, passou a ser usada na literatura cristã primitiva com o propósito de descrever o tipo de amor que Jesus demonstrou, e a qualidade de amor que deve caracterizar a vida dos seus discípulos.

GREATHOUSE (2006, p. 343) em seu comentário Beacon nos informa sobre a palavra amor (gr. ágape) no Novo Testamento. Ele diz que,
 
"embora esse termo não fosse comum antes do nascimento da igreja cristã, ele já era conhecido. A Septuaginta (LXX) usa frequentemente essa palavra e ela foi adotada pelos cristãos do primeiro século para designar um amor diferente, tanto do de Eros (amor egoísta e ligado aos desejos), como de Philia (simpatia natural, ou amizade)." 
 
Em seu Comentário Bíblico Beacon, Greathouse prossegue dizendo que, “Ágape é um amor que está em completa harmonia com o caráter da pessoa que o exprime. Dessa forma, no Novo Testamento, a palavra ágape expressa cuidado e compaixão por aqueles que são totalmente indignos” (2006, p. 343).

Apóstolo Paulo no texto bíblico acima mencionado mostra a superioridade do amor acima de qualquer outro dom, por isso estimula os cristãos à prática constante do mesmo. No entendimento de Paulo o amor ágape é o amor perfeito e mostra isso ao conceituá-lo nos versículos 4 a 7 mostrando a forma como se comporta em todas as circunstâncias. Para Paulo, “o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Que o Senhor Jesus te abençoe sempre e te encha do amor de Deus pelo Espírito Santo.
Tenha alegria e paz!
A volta do Senhor Jesus é iminente!
#orepornós

Nota Bibliográfica:
GREATHOUSE, William M. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 8. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2006.


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