"Negociem até que eu volte"
Por Nonato Souza
"Por isso, Jesus disse: — Certo
homem nobre partiu para uma terra distante, a fim de tomar posse de um reino e
voltar. Chamou dez dos seus servos, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: "Negociem até que eu volte.” (Lucas 19.12,13).
Bom, por analogia , o homem que
partiu para uma terra distante, a fim de tomar posse de um reino e voltar, é o
Senhor Jesus. A parábola apresenta ensinamentos valiosos sobre a responsabilidade
que temos de usar os talentos e recursos que Deus nos confiou para cumpri Seus
propósitos na terra.
A parábola contada por Jesus começa
com um homem rico que chamou seus servos e lhes confiou seus bens enquanto se
ausentava para uma terra distante. O homem rico deu a cada um dos servos uma
quantidade diferente de talentos, de acordo com a sua habilidade. Um talento na
época era uma grande quantidade de dinheiro, equivalente a cerca de 6.000
denários, ou cerca de 20 anos de salário de um trabalhador.
Antes de se ausentar o homem rico distribuiu
aos seus servos talentos. A um 5 a outro 2 e a outro 1 e a todos deu a ordem:
"Negociem até que eu volte". De posse do talento, cada seguidor de Cristo
tem a grande responsabilidade de usar fielmente o que recebeu do Senhor. A
parábola nos diz que o servo que recebeu cinco talentos negociou com eles e
ganhou outros cindo talentos. O servo que recebeu dois talentos também negociou
e ganhou outros dois talentos. Mas o servo que recebeu um talento decidiu enterrá-lo
no chão, com medo de perder o dinheiro. Quando o homem rico voltou e os chamou
a prestar contas, os dois primeiros foram elogiados e recompensados, enquanto
último foi repreendido e punido.
Entenda que na parábola citada por
Jesus o talento representa nossas aptidões, tempo, recursos e oportunidades que
temos para honrar a Cristo enquanto aqui na terra estamos. Veja que os talentos
não nos pertence, mas ao Senhor. Eles estão apenas sob nossa responsabilidade e
a recomendação do Senhor a todos nós é: " Negociem até que eu volte".
Veja que Deus nos confiou talentos e
recursos que devemos usar para sua glória. Apóstolo Pedro recomenda: “Sirvam
uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encarregados de
administrar bem a multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). Na visão de Pedro, nós
não somos donos desses talentos, somos apenas administradores e devemos usá-los
para benefício do Reino de Deus.
Deus espera que sejamos fiéis e
diligentes na administração dos talentos que nos confiou. Jesus ensinou que o
cristão fiel no pouco é também fiel no muito e quem é injusto no pouco, também
é injusto no muito (Lc 16.10). Assim, é bom entender que Deus não mede o
sucesso pelo número de talentos que recebemos, mas sim pelo uso sábio e fiel
que fazemos dele.
Na parábola temos a advertência de
que haverá prestação de contas pelo uso dos talentos que Deus nos confiou.
Aliás, o apóstolo Paulo nos ensina com clareza sobre o assunto dizendo: “Assim,
pois, cada um de nós prestará contas de si mesmo diante de Deus”. Agir com
cuidado na administração dos talentos é exigência do Senhor, pois, esconder ou
desperdiçar os mesmos trará consequências sérias. Ao retornar o Senhor, todos,
então, serão chamados a sua presença para a prestação de contas. Chamados em
particular, cada um por sua vez, será interrogado acerca do que fez com os
talentos que recebeu.
Está claro no Texto Sagrado que cada cristão
recebe do Senhor talentos, com os quais deve trabalhar para produzir mais
talento ainda. O que usar bem os talentos recebidos de Deus terá sua devida
recompensa. Jesus disse: “Eis que venho sem demora, e comigo está a recompensa
que tenho para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap 22.12).
Posto isso, a pergunta que não quer
calar é: O que estamos fazendo com os talentos que recebemos do Senhor? Estamos
multiplicando os mesmos para entregarmos ao Senhor com o seu devido acréscimo?
Esteja certo que a volta do Senhor é iminente, e, de cada um pedirá a conta da
administração dos talentos que recebeu.
O Senhor nos ajude!
O retorno do Senhor é iminente!
Tenha saúde e paz!
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