Um convite especial. Aceitar ou rejeitar?














Pr. Nonato Souza

Introdução: O texto escolhido para nossa meditação desta feita é Mateus 22.2-14 e ainda Lucas 14.15-24, onde está abordado o tema “a parábola das bodas” ou “a parábola da grande ceia”. Embora as referidas parábolas trate originalmente de Israel e de sua rejeição ao Messias e à sua mensagem, sabemos também, que ela trata com cada crente professo e ou igreja, que têm rejeitado ao Senhor. A escatologia bíblica aponta para um período de tempo em que todos os salvos serão chamados à Ceia das Bodas do Cordeiro. A mesa está posta, os céus aguardam àqueles que receberam o convite. Todos estão convidados a entrar. Numa alusão a Israel, o texto lido mostra que houve da parte de Israel rejeição. E nós, o que diremos ao dono da festa. Rejeitaremos ou aceitaremos o convite? A festa está preparada.

1. A preparação da festa ou ceia.
1.1 Era uma grande ceia (v.16);
1.2 Certamente houve um esmero muito grande do anfitrião na preparação desta festa (v.16);
1.3 Houve esforço do anfitrião para convidar a muitos (v.16);
1.4 No momento da festa o anfitrião envia seus servos que comuniquem aos convidados: “Vinde, que já tudo está preparado” (Lc 14.17).

2. A recusa dos convidados.
2.1 Os convidados que antecipadamente, receberam do anfitrião o convite começaram a dar desculpas (v. 18);
2.2 Ao receber o convite do anfitrião, entregue a eles pelos servos e se prepararem, deram desculpas de que estavam muitíssimo ocupados nos seus negócios (Lc 14.18-20);

3. Pretextos apresentados para rejeição do convite.

3.1 A primeira desculpa: “Comprei um campo e preciso ir vê-lo” (v.18). Esse homem que comprou um campo se parece um judeu. Normalmente ninguém compra um campo antes de vê-lo, e principalmente um judeu. Além disso, se ele foi convidado para uma ceia que certamente seria à noite, não haveria nenhuma implicação em olhar o campo, uma vez que normalmente se olha campo à luz do dia. Certamente aquele homem recusou ir à ceia porque estava preocupado com seu investimento, e isso prá ele era mais importante do que ir a uma ceia. Sua atenção para com suas posses e bens materiais era mais importante que as riquezas espirituais. Preferiu se envolver totalmente com os bens matérias que com os bens espirituais.

3.2 A segunda desculpa: “Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los” (v.19). Este foi incisivo em sua resposta. Ele tinha convicção de que esta era a coisa mais certa a fazer. Ele não tinha explicações a dar a ninguém sobre sua decisão. Colocou os seus bois em primeiro lugar, e convenceu-se de que o anfitrião que o convidara não tinha direito algum sobre o seu tempo. Esse cidadão representa aqueles que estão tão ocupados com os seus afazeres, que não tem tempo para cuidar dos interesses do Reino. É uma tragédia quando os afazeres do dia a dia ocupam todo o nosso tempo, e nada deixamos dele para Deus.

3.3 A terceira desculpa: “Casei-me, e por isso não posso ir”. Esse homem foi rápido em sua vil desculpa. Ele colocou suas preocupações e responsabilidades domésticas à frente. Embora tenhamos responsabilidades com nossa união conjugal e familiares, devemos entende que estes não nos separam de Deus e da comunhão com os santos. O relacionamento na família torna-se mais desejável quando o Senhor é a cabeça do lar. Quando analisamos a desculpa deste homem, entendemos que ele não tinha razão para não atender ao convite do seu anfitrião.

4. A indignação do pai de família.

4.1 A recusa dos convidados deixou o pai de família irado (v.21);
4.2 Enviou os servos a convidar outras pessoas, os quais certamente teriam uma atitude de maior aceitação com seu convite (v.21);
4.3 Estes que foram convidados iriam tomar o lugar daqueles que trataram com desprezo o convite do pai de família (v.24);

5. A lição do texto.

5.1 O convite inicial feito pelo anfitrião foi para convidados selecionados, para os mais chegados, os mais próximos. A esses o dono da festa disse apenas “vinde”, eles porém, rejeitaram (v.17);

5.2 A partir da rejeição dos primeiros convidados, o convite já se torna mais agressivo para o segundo grupo, requerendo ajuda, lemos: “traze aqui” (Lc 14.21);

5.3 Pra o terceiro grupo, o convite é ainda mais enfático. O dono da casa diz: “força-os a entrar” (Lc 14.23);

5.4 O primeiro chamado representa a salvação oferecida gratuitamente aos judeus, eles porém, rejeitaram (Jo 1.11);

5.5 O segundo chamado foi feito aos pobres, aleijados, mancos e cegos, representam os gentios, que ao ouvirem o evangelho, acolheram ao Filho de Deus, se esforçando para entrar no Reino de Deus (Lc 16.16);

5.6 O terceiro chamado foi feito a uma classe ainda mais baixa: vagabundos, andarilhos, cujo lar era as estradas e valados, representando as piores classes de gentios existentes, mas que precisavam ser alcançados pela graça e amor de Cristo (2Co 5.14). Mostrando que no Reino há lugar para o pior dentre os homens. Ninguém é tão ruim que não possa assentar-se à mesa real.

5.7 Graças a Deus, pois, por seu dom inefável.

6. Aprofundando ainda mais a lição do texto.

6.1 Deus tem preparado uma grande festa que será realizada no céu. A Palavra de Deus registra a festa das Bodas do Cordeiro. “Regozigemo-nos e alegremo-nos, e demos-lhe glória porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7);

6.2 O convite para participar desta grande festa foi feito a todos. A porta da graça está aberta, Deus, o Pai chama a todos. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt. 2.11);

6.3 Como já dissemos acima, os judeus eram os verdadeiros e primeiros convidados para o plano da salvação. “Veio para o que era seu...” (Jo 1.11);

6.4 A rejeição dos judeus ao Senhor e ao evangelho de Cristo, fez que fossem rejeitados para dar lugar a outros que a principio não eram convidados (judeus e gentios, formando assim a Igreja). “E alguns dos ramos (judeus) foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, (gentio) foste enxertado no lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira” (Rm 11.17);

6.5 Observe que a rejeição dos judeus, por sua incredulidade deu lugar à Igreja que deve cumprir sua missão e não se gloriar. “não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm 11.17,18);

6.6 Pois se estes que foram enxertados, não produzir os devidos frutos, e não atentarem para o convite do seu Senhor, certamente serão cortados os que rejeitarem o convite, dando lugar a outros. “Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade; de outra maneira, tu também serás cortado” (Rm 11.20-22; grifo nosso).

Conclusão: Esta é uma advertência muito séria, por isso deve o crente está atento para o fato de que o Senhor chama a todos: “Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas” (v.4b). Ao soar este convite em nossos ouvidos, devemos está aptos a atender o chamado do Senhor da casa. Se formos desatentos ao convite, certamente outros serão convidados, e ficaremos de fora. Estejamos atentos, aceite o convite, “porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 22.14).

Bibliografia

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro. CPAD, 2002.
LOCKEY, Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. São Paulo. Editora Vida, 1999.

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