O homem da iniquidade surge no cenário mundial [2]


Por Nonato Souza

Iniciaremos a segunda parte deste estudo escatológico, “o homem da iniquidade surge no cenário mundial [2]”, com títulos e nomes do Anticristo para em seguida abordarmos outros assuntos igualmente importantes. O Anticristo se apresentará no cenário mundial com os seus mais variados nomes e títulos. Os muitos nomes e títulos revelam suas várias facetas, além de revelar seu caráter e sua natureza diabólica. Mencionaremos alguns:

“Homem da iniquidade” – “Não vos deixeis enganar de forma alguma, por ninguém. Porquanto, antes daquele Dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2.3; BKJ);

“Filho da perdição” – “Não vos deixeis enganar de forma alguma, por ninguém. Porquanto, antes daquele Dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2.3; BKJ);

“Perverso” – “Então, será plenamente revelado o perverso, a quem o SENHOR Jesus matará com o sopro da sua boca e destruirá pela gloriosa manifestação da sua vinda” (2 Tessalonicenses 2.8; BKJ);

“Príncipe que há de vir” – “E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações” (Daniel 9.26; ARC);

“O rei, que fará conforme a sua vontade” – “E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito” (Daniel 12.36; ARC);

“Um rei, feroz de cara” – “Mas no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, se levantará um rei, feroz de cara, e será entendido em adivinhações” (Daniel 8.23; ARC);

“Chifre pequeno” – “Enquanto eu analisava os chifres, encontrei um outro chifre, pequeno, que apareceu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre que surgiu entre os demais tinha olhos de um ser humano e uma boca que falava com soberba e arrogância” (Daniel 7.8);

A Besta – “Então, observei que emergiu do mar uma Besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez coroas, e, em cada cabeça um nome de blasfêmia!” (Apocalipse 13.1; BKJ);

O Anticristo – “Filhinhos, esta é a hora derradeira e, assim como ouvistes que o anticristo está chegando, já agora muitos anticristos tem surgido [...] Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Messias? Este é o inimigo de Cristo: aquele que rejeita tanto o Pai quanto o Filho” (1 Jo 2.18,22; BKJ).

A nacionalidade do Anticristo.

Não se sabe ao certo a nacionalidade do Anticristo. Não temos uma afirmação Neotestamentária se ele será judeu ou gentio. Algumas passagens bíblicas são apontadas por estudiosos pontuando ser este personagem, gentio, afirmando que em suas ações “ele lidera a união europeia de nações gentias” (Dn 7.8-24); “em sua aliança, promete proteção gentílica para Israel” (Dn 9.27); e que o “seu governo faz parte do “tempo dos gentios”, do domínio deste sobre Israel” (Lc 21.24).

Apesar das passagens bíblicas acima apontarem o domínio do Anticristo sobre as potências ocidentais, não indicam com clareza ser ele especificamente um gentio. Ed Hindson faz as seguintes ponderações sobre a nacionalidade do Anticristo:

Ele poderia ser de origem ou descendência judaica, e mesmo sendo um judeu americano ou europeu, liderar o governo mundial dos últimos dias. Tanto o livro de Daniel como o Apocalipse associa o Anticristo a uma confederação de dez nações europeias que, de certa forma correspondem ao antigo império Romano. Na grande estátua do sonho de Nabucodonosor, descrita em Daniel 2.31-45, vemos esta confederação simbolizada pelos dez dedos. Ela é também representada em Daniel 7.19-28, e em Apocalipse 13.1-9, com os dez chifres da besta. Nas profecias de Daniel, o Anticristo é sempre associado à última fase do Império Romano (a quarta dinastia). Em Apocalipse 17.9, ele é relacionado a uma cidade situada sobre “sete colinas” (frequentemente interpretada como sendo Roma). Daniel 9.25-27 declara que ele estará entre as pessoas que destruirão o segundo Templo; os seja os romanos. [1]

Será, pois, o Anticristo um judeu radicado em Roma? Estudiosos são de opinião que ele terá uma herança judaica, não sabendo, porém, quem ele é e de onde se origina.


Aliança firmada com Israel por sete anos – falsa paz.

O início da Grande Tribulação será marcado pela aliança entre o Anticristo e Israel. Daniel 9.27 comenta o assunto com estas palavras: “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações vira o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”. O Anticristo será o líder de uma confederação de dez nações ou dez estruturas de poder que se desenvolverão (Dn 2.42-44; Ap 12.3; 13.1;17.12-16), e que estará governando o mundo  durante a Tribulação.

Arno Froese, comentando sobre estas dez estruturas de poder, diz:

Os dez chifres, mencionados em Apocalipse 17.12, não são representativos de dez nações europeias, mas representam dez diferentes estruturas de poder”. [2]

O autor acima mencionado segue fazendo o seguinte comentário:

É ilusão pensar que a América do Norte, por exemplo, tornar-se-ia um membro pleno da União Europeia, por causa de sua localização geográfica. Uma estrutura de poder aliada, portanto, será estabelecida em várias partes do mundo, mas todas debaixo da liderança da União Europeia. [3]

Sobre o sucesso que o Anticristo alcançará nestes primeiros três anos e meio da Tribulação, o estudioso de profecias bíblicas Arno Froese, explica:

Chega a ser surpreendente perceber que quão bem-sucedido ele será. Apocalipse 13.3 declara: “[...] e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta”. Esta besta será incomparável na história humana e, portanto, o povo perguntará: “[...] Quem é semelhante à besta? [...]” (Ap 13.4). Não resta dúvida de que será também um gênio na área militar: “[...] quem pode pelejar contra ela?” (v.4b). Por fim, o movimento ecumênico, o Conselho Mundial de Igrejas, as Nações Unidas e quem mais estiver envolvido nessa obra rumo à unidade, haverão de se fundir numa poderosa religião. Assim sendo, a Bíblia diz: “E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra [...]" (v.8). [4]

Este líder mundial, porém, estará agindo conforme o seu caráter, porque violará o seu acordo com três das nações que lhe deram o poder e as dominará, retirando-lhes a independência (Dn 7.8,20,24). Ele falará de paz, mas promoverá a guerra, à medida que anuncia paz, irá fazendo guerra aos seus inimigos, pois com o poder que tem nada mais lhe resistirá.



Anticristo rompe o pacto com Israel, começa a perseguição contra os escolhidos.

O Anticristo será mundialmente reconhecido e aceito por causa de sua capacidade e habilidade como pacificador. Como líder mundial, ele fará com que Israel aceite, de forma imposta, um tratado de paz. Ice citando Walvoord diz sobre essa falsa paz:

Quando um gentio, líder de dez nações, apresentar um tratado de paz a Israel, este será imposto com força superior e não como um tratado de paz negociado, ainda que aparentemente inclua os elementos necessários para tal acordo. Ele incluirá a delimitação das fronteiras de Israel, o estabelecimento de relações comerciais com seus vizinhos – algo que Israel não tem atualmente, e, principalmente, oferecerá proteção contra ataques externos, o que permitirá que Israel relaxe seu estado de constante alerta militar. Também é possível prever que algumas tentativas serão feitas para abrir áreas sagradas de Jerusalém para todas as religiões a elas relacionadas. [5]

Aquilo que parecia ser a paz que tanto Israel almejava, na verdade é uma falsa paz, temporária e superficial. Aquilo que poderia, durante sete anos, trazer paz e conforto, é quebrado de forma abrupta depois de três anos e meio. Por volta da metade da semana, exércitos do norte invadem a terra de Israel (Ez 38,39) desafiando a paz estabelecida pelo Anticristo. Terminado o conflito e quebrada a aliança feita com Israel, o Anticristo, que estará liderando uma confederação de dez estruturas de poder, se declarará líder mundial. “Fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (Dn 9.27), exigirá receber adoração e colocará no templo dos judeus uma imagem sua. A perseguição contra judeus, crentes e outros oponentes será grande, trazendo à humanidade um reinado de terror, tal qual, jamais foi experimentado.



Notas Bibliográficas

[1] Hindson. ED. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD, pg. 50,51

[2] Froese. Arno. Como a Democracia Elegerá o Anticristo. Atual Edições, 92,93

[3] Idem, pg. 93

[4] Idem, pg. 73

[5] Tomas Ice e Timothy Demy, A Verdade Sobre o Anticristo e Seu Reino. Atual Edições, pg. 36

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