Avivamento, necessidade atual (1/3)



Por Nonato Souza

“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

O profeta Habacuque tinha conhecimento de que o povo havia pecado contra Deus e que, segundo a resposta que Deus dera à sua oração no capítulo dois, a conseqüência desse pecado seria o derramamento do juízo de Deus sobre eles.

Ciente de que o juízo de Deus era iminente e que o povo não sobreviveria se não houvesse uma intervenção divina através de um derramamento de sua graça e de seu Espírito, o profeta ora a Deus, pedindo que haja uma manifestação do seu poder e, que se lembre da sua misericórdia em tempos de aflição e angústia.

A oração do profeta Habacuque me faz lembrar dos tempos trabalhosos e difíceis mencionados no texto sagrado. O povo de Deus vive os últimos dias sobre esta terra. São os momentos que precedem o arrebatamento da Igreja de Cristo.

Apóstolo Paulo falou sobre estes dias, quando disse:

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te (2Tm 3.1-5).

Ventos estranho à nossa fé cristã assopram fortemente, tentando abalar os alicerces da Igreja de Cristo. Em tempo de afrouxamento da lei e grandes problema de injustiça no meio do povo de Deus, parece que estamos vendo predominar o que é mal no arraial dos santos. Retorno urgente ao estudo sistemático da Palavra de Deus é a arma poderosa que dispomos para combater tais movimentos e atitudes contrárias ao principio bíblico. Tem havido substituição do estudo sistemático da Palavra, da pregação bíblica expositiva, por uma quantidade inumerável de coisas que no mínimo são estranhas ao nosso comportamento cristão.

Observa-se, que o desvio, na maneira de viver de muitos cristãos, no que concerne à doutrina bíblica, tem minado nossas forças e nos tornado presa fácil para os falsos ensinos que só podem ser refutados com o devido conhecimento bíblico (2Tm 3.14; Ef 4.14). Sem dúvida, o momento requer cuidado e vigilância por parte daqueles que tem a responsabilidade sobre o rebanho. Não será este o tempo de nos voltarmos para Deus e buscá-lo incessantemente? O profeta Oseias admoesta: “é tempo de buscar o Senhor" (Os 10.12). Um clamor urgente se faz necessário, para que o Senhor se manifeste com poder e misericórdia através de um necessário avivamento.

O que é o Avivamento?

Podemos entender avivamento como tempos abençoadas em que o Espírito do Senhor de novo se move sobre a face das águas e a beleza da nova criação torna-se visível. São épocas em que os crentes são despertados para uma vida espiritual mais abundante, uma vida de oração mais constante, dinâmica e fervorosa. São tempos em que flui em nosso coração um desejo mais ardente de promover a causa de Cristo, a salvação dos pecadores. Conversões em grande quantidade são experimentadas, mentes transformadas. São dias abençoados em que a vida da Igreja se torna mais dinâmica, cada crente mais frutífero e mais efetivo na obra de evangelização.

Para que o avivamento venha e permaneça é necessário haver comunhão pessoal e sem interrupção com Cristo. Não compete ao homem organizar um avivamento, não é projeto humano; é uma coisa misteriosa como um vento. Jesus falou sobre isto quando disse: “O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.8).

Uma vida na plenitude do Espírito é a vontade de Deus para o crente individualmente, tudo o que é inferior a uma entrega total se constitui em pecado. É pecado ser morno (Ap 3.16). É pecado ser temeroso (Ap 21.8). É pecado ter uma vida centralizada no “eu” (2 Tm 3.2-4). A Bíblia diz sobre o pecado: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.2). Portanto atentemos para o que diz o apóstolo Paulo: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).

Efeitos do Avivamento.

O avivamento traz à Igreja um novo sentido de responsabilidade para com a obra de missões e evangelização. Sua prioridade principal passa a ser novamente a pregação poderosa do Evangelho com a operação de sinais e maravilhas (At 8.4-8). O avanço do Reino de Deus passa a ser a meta princípua de líderes e liderados, pois, passa-se a ver as “terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35). Com o avivamento, os púlpitos e as igrejas são incendiados pelo fogo do Espírito Santo, podendo assim incendiar o mundo com a Palavra de Deus.

O avivamento que o Espírito Santo trouxe à Igreja primitiva em sua fase inicial, conforme mostra Atos dos apóstolos, fez da Igreja uma comunidade vitoriosa. A Palavra de Deus nos leva a crer, que Deus nos torna mais que vencedores (Rm 8.37). Em Cristo Jesus, somos vitoriosos contra todas as forças do mal, contra todos os poderes de Satanás (Ap 12.10,11), contra todos os inimigos (Sl 44.5) e até sobre a morte, o último inimigo que será vencido ( 1Co 15.52-57). O avivamento gera na Igreja vida. E os que se integram a este avivamento se tornam vitoriosos. Somos destinados por Deus a ter uma vida de vitória em Cristo Jesus.

Continua...


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