Orar, orar, orar. É preciso orar.



Por Nonato Souza

“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças” (Cl 4.2).

Penso que vida de oração é importante aos que querem vencer os poderes do mal, bem como ter vida de comunhão com Deus. Por isso, embora o cristão tenha grande dificuldade de pôr em prática este tão importante exercício ministerial, precisa orar. Quem deseja levantar o estandarte da vitória em sua caminhada cristã, precisa ter uma vida marcada pela prática da oração. É isso. Não adianta querer fugir, inventar formas ou meios para tentar escapar deste importante momento com Deus, verdade é, que conversar com Deus é uma necessidade básica.

Ao ver a forte evidência das forças do mal, entende-se que a quantidade de crentes que oram é bem pequena, algo que nos causa até certo espanto. É preciso orar mais, pois, sem oração fervorosa e constante é impossível triunfar sobre as forças que se opõem a nós. O contato com Deus pela prática da oração é necessidade básica para o cristão vitorioso.

O Senhor Jesus Cristo é o maior exemplo neste mister. Após operar o milagre na vida de um homem cuja mão estava atrofiada, adquiriu das autoridades religiosas judaicas forte oposição e um desejo ardente de eliminá-lo (Lc 6.11), então, foi ao monte a fim de orar. Sim, Jesus orou após momentos de grandes levantes contra sua vida e ministério. O texto bíblico diz que atravessou toda a noite em oração a Deus (6.12). Há ainda a ênfase na escolha dos doze apóstolos logo ao amanhecer daquela noite de oração. Sim, Jesus travava verdadeira batalha em oração antes de tomar decisões importantes (Veja ainda: Mt 14.23; Lc 3.21,23).

Na vida diária, em todos os momentos, o cristão precisa orar. Paulo falou de orar sem cessar (1Ts 5.17) e ainda de, não andar inquieto por coisa alguma, mas fazer conhecida as petições diante de Deus, pela oração e suplicas, com ações de graças (Fp 4.6). As expressões de Paulo nos mostram o grande valor da oração para o cristão. Não importa o momento que, porventura, estejas atravessando, é preciso orar (Lc 18.1). A fase é extremamente ruim, as lutas chegam pôr todos os lados, o desânimo se agiganta objetivando frear a caminhada? É hora de orar insistentemente, pois vitória haverá para os que se levantam acima do desânimo e marcham com força no Senhor (Ef 6.10).

Sei perfeitamente, que orar perseverantemente não é tão simples assim. É preciso ser insistente neste importante exercício ministerial, portanto, mesmo que a resposta pareça demorada, ore. O profeta Daniel é exemplo claro de perseverança na oração (Dn 10.12,13). Suas orações foram ouvidas, mas não lhe chegou respostas ao seu clamor. Ele perseverou em oração por dias, até que o anjo lhe trouxe resposta (v. 14). Os desapontamentos e acontecimentos contrários não podem nos tirar o prazer da oração constante (Mt 15.25-28; Lc 8.49). Submeta-se à vontade de Deus em todas as instâncias de sua vida através da oração.

É lamentável, mas caiu em desuso a prática da oração doméstica. Fontes bíblicas nos informam que havia cultos de oração nas casas dos primeiros cristãos. Estes cultos eram tão fervorosos que anjos eram enviados aos cárceres para por em liberdade os cristãos (At 12.7-10). Infelizmente, até mesmo a prática da oração nas igrejas locais já não existe. Tiraram os cultos de oração e os substituíram por outras reuniões que nenhum benefício tem trazido ao Reino de Deus. Hoje, já é necessidade, restaurar o altar da oração, não somente em casa, mas, também nas igrejas locais. Não será tempo de reassumir o compromisso com a oração em secreto e na igreja, haja vista ter sido o mesmo abandonado por muitos? Penso que sim.

Outro fator que me chama atenção é a falta de adoração na oração que se imprime. Estou convicto que a oração deve ter como elemento principal a adoração ao Senhor. Na verdade, pouco se conhece sobre a verdadeira adoração na oração. O tipo de oração que vemos hoje é regada com muito barulho mais quase nenhuma adoração. Se, clama, roga, geme muito, mas a expressão de adoração é quase nenhuma. Este fato é constatado quando se observa as orações dos cristãos no princípio da igreja. É só ler o texto de Atos 4.24-30 para constatar a grande diferença existente naquela oração e a que se faz nos dias atuais. Penso que é preciso reconhecer a soberania de Deus em todas as coisas e que adorá-lo não é uma opção, mas, uma necessidade. Ao orar procure enriquecer sua oração com fervente adoração ao Senhor que pode tudo.

Outro elemento indispensável à oração é o agradecimento. A preocupação em pedir é tamanha que o cristão se esquece de agradecer. Não é bom que seja assim. As bênçãos de Deus nos são dispensadas graciosamente todos os dias a cada momento. Ser agradecido deve ser qualidade marcante na vida daqueles que professam o nome do Senhor. Observe que o salmista se autoconvidava a não esquecer-se de nenhum dos seus benefícios (Sl 103.2). Não se esqueça disto em sua vida. Deus se agrada.

Encerro o texto falando um pouco sobre a oração intercessora. Aqui somos instados a não pedir apenas em benefício próprio, mas a exercer o verdadeiro ofício sacerdotal que é a intercessão. Orar desprendido dos nossos próprios interesses, orar permitindo que prevaleça a soberana vontade de Deus é orar eficazmente. Jesus orou priorizando a vontade do Pai: “Seja feita a tua vontade” (Mt 6.10). O cristão precisa sentir-se no dever de orar intercessoramente. É através da intercessão que milhares são libertos, enfermos curados, famílias são poupadas da destruição, os trabalhadores da seara do Mestre recebem vigor para cumprir cabalmente o seu ministério, enfim, somos guardados do mal. Fomos feitos por Deus reis e sacerdotes através de Jesus Cristo (Ap 1.5,6) e o ofício do sacerdote é a intercessão (Hb 5.1,2), logo não podemos dissociar a intercessão da oração.

Por fim, a exortação bíblica para orarmos constantemente é uma realidade (Cl 4.2; Fp 4.6; Mt 7.7,8), isto se queremos de fato cumprir a vontade de Deus em nossas vidas. Sem a prática da oração constante ficamos vulneráveis na fé. Nestes últimos dias Satanás, o inimigo da igreja luta com todas as suas forças para trazer desestímulo aos santos, principalmente quando o assunto é oração. Não podemos esquecer que os vencedores em Cristo se devotaram a prática da oração. É o que disse Paulo: “Orai sem cessar” (1Ts 5.17).

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