Servindo ao Senhor Jesus e Aguardando Sua Iminente Volta



Por Nonato Souza


Sede vós semelhantes aos servos, quando esperam seu SENHOR voltar de um banquete de casamento; para que, assim que chegar e anunciar-se, possais abrir-lhe a porta sem demora (Lucas 12.36).

O Senhor é o nosso Mestre e nós os seus servos; não apenas servos que trabalham que estão em plena atividade envolvidos com o Reino, mas servos que O esperam. Devemos ser como homens que esperam atentamente o seu Senhor enquanto Ele continua fora, pronto para recebê-lo.

O texto faz alusão a Cristo e à Sua vinda para reunir a Ele o seu povo, seja através da morte ou por ocasião do arrebatamento. Não temos a certeza da hora em que Cristo virá; portanto a necessidade de estarmos preparados.

Tem-se por costume um aguçado cuidado em áreas diversas da vida material, secular, saúde, o que não está errado; mas não deveria haver muito mais cuidado com a vida espiritual? A atenção que se dar a tantos afazeres acaba por afastar o homem do essencial, daquilo onde se deveria está mais envolvidos. Na verdade, há um terrível esquecimento do que Jesus considerou ser a “melhor parte” (Lc 10.42); uma vida aproximada e de comunhão com Deus. Portanto, eis a necessidade de está apercebido, vigiando como faria um pai de família, se soubesse a que horas haveria de vir o ladrão.

Sendo, assim, vejo a necessidade de servir vigiando constantemente, o que significa está alerta e preparado, a fim de não ser pego de surpresa. Esta deve ser, sem dúvida alguma, atitude do crente em relação à iminente volta do Senhor Jesus Cristo. Ele virá sem ser anunciado ou esperado.



Servindo e esperando o retorno do Senhor levará o salvo a uma vida em santificação. Este é o ato de separar-se para Deus e seu Reino. A Igreja foi tirada dentre os povos para Deus e para exercer um ministério maravilhoso sobre a terra em santidade. Observe a expressão de Paulo sobre o assunto:

E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5.23).

Pessoas cuja esperança está firmada em outros alvos ou objetivos e que não esperam com sinceridade a iminente vinda do Senhor Jesus, não se sentem incomodadas em viver de forma leviana praticando e envolvidos com toda sorte de pecados, numa permissividade desenfreada que acaba por tirar o brilho do padrão apostólico e manchar a reputação da noiva de Cristo. Ora, somos informados pela Palavra de Deus que ao vir a este mundo, Jesus levará para si os santos que viveram inteiramente para agradá-lo. Não é isto que menciona a Palavra?

E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro (1 Jo 3.3).



Em consolação é que os salvos esperam o Senhor Jesus Cristo. As palavras proferidas por Paulo acerca da vinda de Cristo e da ressurreição dos mortos para encontrar-se com Ele é vista como um consolo aos santos. Ele diz:

Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras (1 Ts 4.18).

 Desde que o pecado entrou no mundo a raça humana é instigada pelo sofrimento. O sofrimento tem estado presente todos os dias e a cada momento na vida das pessoas. Num futuro próximo até mesmo a natureza será liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8.21). Os que alcançaram salvação, o fizeram em esperança, foram salvo em esperança e é nesta esperança que se alegram (Rm 12.12). Quando o salvo olha para o porvir, eternidade, o faz em esperança de que a Igreja estará num lugar onde o sofrimento será extinto. Breve no céu, as lágrimas que hoje rolam serão recompensadas pelo conforto da presença permanente do Senhor.



Para um serviço específico no Reino de Deus com foco na vinda do Senhor Jesus Cristo é preciso haver determinação e dedicação. No Seu ministério terreno Jesus avançava com foco naquilo que deseja alcançar, estando certo de onde queria chegar. São Dele essas palavras:

Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar (Jo 9.4).

Penso que é hora de esquecer as coisas que para trás ficaram e avançar para as que estão à nossa frente. O avivamento tão almejado, precisa vir urgente. O vento do Espírito precisa assoprar forte sobre o vale de ossos que já se mostram secos. É provável, que tenhamos hoje um alto índice de pessoas frequentando igrejas mais com o mais baixo índice de espiritualidade de todos os tempos. E porque isto? Falamos sobre muitos assuntos e coisas e quase nada de Palavra de Deus nos nossos púlpitos. Será que temos outra forma, outro meio, outra solução? Creio que não. Um avivamento vindo do céu é a solução!

Com o que estamos preocupados? Com o Reino de Deus, com a obra do ministério, com as igrejas locais, com as ministrações nos púlpitos das nossas igrejas, que há muito deixaram de edificar, consolar e exortar os membros? Creio que a preocupação de muitos, é outra coisa. Perdoem-me a franqueza. Hoje o que temos são pregadores, ensinadores pragmáticos, mais interessados em falar algo que agrade e suavize os ouvidos do povo que falar com autoridade a Palavra de Deus.

Não nos cansamos ainda desta teologia positivista que cada dia é anunciada, falada, comunicada por pessoas descompromissados com as verdades do evangelho que, infelizmente ainda ocupam as nossas tribunas? Chega!!! Quero Bíblia; quero a Palavra sendo lida, pronunciada, explicada versículo por versículo vagarosamente, sistematicamente, cuidadosamente para edificação da igreja, o corpo de Cristo. Senhores pastores, pregadores e quem porventura, subir à tribuna sagrada para falar. Eu lhes peço em nome de Jesus; voltem literalmente à Palavra de Deus! Voltem à pregação poderosa do evangelho de Cristo.

Isto é possível! Por favor; isto é possível sim. Podemos ver o Reino de Deus diferente, bem diferente da nossa visão medíocre, bitolada, fracassada, despojada de renúncia, abdicação, amor a Deus e ao próximo. Fomos comprados pelo sangue de Jesus para servir a Cristo de todo coração e servindo assim, aguardar o retorno do Senhor Jesus. Maranata!

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