Jesus Cristo acalma as tempestades



Por Nonato Souza

“E naquele dia, sendo já tarde, disse-lhe: passemos para a outra margem. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com outros barquinhos. E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água. E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 4.35-39).

O texto citado dá ênfase a uma forte tempestade enfrentada pelos discípulos, estando Jesus com eles. O fato acima narrado trás a todos lições de vida importantes. Diz a Bíblia que durante todo o dia, Jesus anunciou a Palavra e sem descansar convocou os seus discípulos para irem à outra margem, ao território dos Gadarenos para que ali também anunciasse a Palavra além de, libertar um homem que estava horrivelmente subjugado por Satanás. Está escrito que Ele foi “assim como estava”, ou seja, sem comer, ou fazer qualquer outra preparação, embora tenha passado todo o dia ensinando as multidões na praia.

Sabe-se, que não é fácil passar o dia todo falando e implorando aos homens que se cheguem a Deus e ao final não sentir grande cansaço no corpo, mente e alma. O pregador que no exercício do ministério prega a Palavra com ânsia de ver o pecador salvo, sofre um grande desgaste físico.

O repentino temporal que se levantou é característico da região do mar da Galileia, pois, está muito abaixo do nível do mar, sendo quase totalmente cercado de serras de onde se desencadeiam repentinamente violentas correntes de ar provocando essas grandes e repentinas tempestades.

Ora, somos conhecedores das repentinas tempestades a que estamos sujeitos nesta vida. Os tempos são trabalhosos, difíceis e os ventos da adversidade batem de todos os lados. Tempestades na família, no comercio, na indústria, na igreja, internamente e externamente. São as tempestades adversas que vem sobre nós, pronta a nos tragarem, devorarem. Fico pensando na situação dos discípulos diante daquela tempestade. O barco já fazia água e, certamente muito esforço estava sendo feito por eles para que houvesse um escape e o barco não viesse afundar.

Sofremos, quando a borrasca nos ameaça tragar, vindo sobre nós de uma maneira que não entendemos. São situações difíceis, opostas, adversas, inimagináveis, que não esperamos. Tribulações as mais cruéis e traiçoeiras possíveis. Neste momento difícil, em que até os melhores amigos parecem nos ter abandonado, o sofrimento e angústia nos cercam e pensamos que está tudo acabado, que não há mais escape além da derrota fatal.

É neste momento, diante de tamanha dificuldade que precisamos parar um pouco, ainda que quase sem condições, e refletir, refletir, refletir que Jesus está no barco. Ora, vejam, estando Jesus no barco como poderá afundar? Não é Ele o Senhor da terra e do mar? Não está Ele no comando de todas as coisas? Não tem em suas mãos o controle de nossas vidas? Se Jesus está a bordo, o barco não pode ir a pique. Tudo o mais poderá acontecer, mas Deus não pode ser pego de surpresa. Ele conhece todas as coisas. Estando Jesus em nossas vidas, tenha certeza, ela jamais irá a pique. É Ele que cuida de nós em qualquer momento e ou circunstâncias.

Os discípulos estavam tão assustados que despertaram o mestre dizendo-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?” Eles certamente não sabiam o que diziam, pois, lhes veio à mente que o Senhor os abandonara e, principalmente no momento de maior dificuldade. Será que tinha eles conhecimento pleno do deus a quem serviam e seguiam?

Jesus então, despertando disse ao mar, acalma-te, emudece! A expressão no texto original é forte: “cala-te”; literalmente: “ponha mordaça”. Aleluia! Imediatamente o vento se aquietou e houve grande bonança.
Cristo é superior em poder até mesmo ao temporal que cria medo em pescadores experimentados. Ele é superior aos nossos temores e assombros que a cada momento nos sobrevém. A bonança que Ele nos trás é maior do que a tempestade de pecado que nos perturba.

É interessante se observar que mesmo os discípulos seguindo o caminho da obediência não estavam isentos de sofrerem dificuldades, tempestades. Mesmo andando em todo o caminho do Senhor, podemos, com certeza sofrer revés e dificuldades (1 Reis 17.1-24; 2Reis 20.1-6; 2Coríntios 11.16-33).

Nesse tempo presente, onde ventos opostos assopram, objetivando trazer males sobre o povo de Deus, vejo que é hora de clamar pelo Mestre. Somente Ele, é capaz de acalmar as borrascas que tentam solapar as bases de nossa fé. Em Cristo, agora e sempre, seremos vencedores.

Finalmente os discípulos tiveram um grande temor, não mais o temor do mar e tempestade, mas daquele “que até o vento e o mar lhe obedecem”. Em tempo: Entenda que o barco não vai afundar enquanto Cristo nele estiver, só precisamos ter fé. Que o Senhor nos ajude!


Comentários

  1. é muito profunda essa pregação
    com Jsus no barco iremos prosseguir para o alvo

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  2. Só acho que Deus é diferente de deus, muita boa Palavra no entanto faltou colocar a palavra Deus da forma correta, do contrário seria qualquer deus de tantos que se tem na terra.

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